Reflexões sobre o outro lado

Shirley em busca do Golconda
3 min readJul 3, 2022

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A vida é como um jogo,
Ela é disposta sobre esse tabuleiro gigantesco
Cada um de nós possui uma visão única desse tabuleiro
Influenciada diretamente pela nossa perspectiva das coisas
Que por consequências, são influenciadas por nossas emoções
E pelos eventos que compõem a nossa breve história

A vida é perspectiva.
E essa perspectiva varia de pessoa pra pessoa.
De peça pra peça, de acordo com o tabuleiro.
De ator pra ator, de acordo com o palco.

Perspectiva é a chave pra tudo. Visão.
Alguns veem todas as peças no tabuleiro, todos os atores na peça
Até onde as jogadas se estendem, onde elas são possíveis, quais as consequências…

Alguns são tão fracos quanto um Rei que se move numa casa em qualquer direção
E outros tão poderosos quanto uma Rainha, perigosa e avançando até as linhas inimigas
Como se o tabuleiro pertencesse a ela e a mais ninguém.

É muito fácil deixar a nossa perspectiva se contaminar não só por influência externa
Mas por nossas próprias emoções, que nos enganam e nos levam até lugares estranhos
Nos fazendo questionar os nossos movimentos Até a nossa própria visão

Mas se você treina a sua alma para se alinhar com a sua mente
Fica mais fácil enxergar a amplitude do tabuleiro pelo o que ela realmente é
E coisas tão pequenas, jogadas tão pequenas, ofensivas tão diretas
Se revelam pífias e irrelevantes diante do grande esquema das coisas.

É mais fácil redirecionar nossa perspectiva ao óbvio
Mas o óbvio distrai, o óbvio é gratuito e o óbvio muitas vezes machuca
Não existe tempo como o presente, mas ele não se limita às obviedades
Ao nosso próprio breve entendimento imediato de coisas que parecem fazer sentido
Mas não tem sentido algum real

Por que no grande esquema das coisas, o que é relevante de verdade e o que não é?
É aquilo que é pequeno, que machuca ou o que profundamente marca? Aqueles pequenos passos até um objetivo,
Aqueles pequenos momentos com quem você ama,
Os sonhos que se acumulam,
Todos os planos envisionados… por mais fantasiosos que sejam

A capacidade de discernir o que é relevante do que é irrelevante.
Esse sim, é um verdadeiro poder.
Visão.

Isso me torna invulnerável a todos vocês, que pensam, ou podem pensar, em me atingir.
No fim do dia, a verdade é que eu conheço a verdadeira natureza do que governa as suas ações.
E os fins dessa natureza se revelam irrelevantes no grandioso plano cósmico das coisas.

Então aqui vai uma reflexão:

Se no grande jogo, suas ações são irrelevantes, por que ao invés disso, não fazer algo realmente relevante com as suas jogadas?
Por que atacar um inimigo que não se importa com você?
Por que sequer fazer ataques?
Por que não usar suas jogadas com algo relevante?
No seu próprio auto-conhecimento ou num futuro promissor?

Será bom. Produtivo. Até saudável.
Eu garanto isso.

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Shirley em busca do Golconda

Se você pensa que estou escrevendo sobre você: Eu provavelmente estou.